Versatilidade é um atributo meio 8 ou 80. No caso de Luiz Barata, o resultado foi 80, definitivamente.

Em pouco mais de 29 minutos passeamos por texturas e sonoridades que vão do boom bap, visitam o trap e o eltrônico, até chegar em algo próximo da MPB.

A mesma versatilidade aparece nas letras do disco, com temáticas que encantam por serem tão universais.

Para quem gosta de: Don L, Puro Suco, Yago Oproprio e Tyler, The Creator

Melhores faixas: toma, não matem as baratas

Para os amantes de um bom folk, Nicolas Geraldi chega com um discão definitivo.

Atmosférico, contemplativo e bucólico, o carioca nos transporta para um cenário lírico etéreo e solar.

Embalado por violões de aço, os arranjos encantam e divertem na mesma medida.

Para quem gosta de: Tim Bernardes, Bernardo Bauer, Lucas Gonçalves

Melhores faixas: Vim da Solidão, Nuvem

Amantes de Boogarins, uni-vos! Varanda chega para resgatar aquela lisergia gostosa que, talvez, tenha ficado um pouco esquecida em meio à alucinação coletiva da produtividade.

Sintetizadores nostálgicos e flertes com lofi brasileiro se misturam a riffs distorcidos, resultando em um disco cativante.

Para quem gosta de: Boogarins, La Leuca, Troá!

Melhores faixas: Cê Mexe Comigo, Desce Já

girlblogging é o projeto paralelo de Greg Maya, guitarrista do Terno Rei.

Dessa vez, ele se aventura pelo shoegaze, noise rock, emo nesse EP tão despretensioso quanto a própria capa.

Outros artistas estão apontando para o mesmo caminho, com sonoridade mais barulhenta, um retorno da guitarra presente e uma atmosfera mais densa. Vale ficar de olho.

Para quem gosta de: terraplana, Paira, Marrakesh

Melhores faixas: entre rosas

Jambu é um quarteto de Manaus que renova a sonoridade charlibrawzesca para os anos 2023 com muita propriedade.

Com riffs marcantes, refrões pegajosos e uma estética atualizada, a banda comprova o poder que existe no simples bem feito.

Para quem gosta de: Lagum, Raça e Chico e o Mar

Melhores faixas: sei lá, astronauta e caso sério

Fazia tempo que não ouvia MPB que não fosse solar.

INTEIRA, estreia de Nina Maia vai na contramão. É contido e recluso, proposta que se completa pelas letras reflexivas, por vezes, introspectivas.

Isso não significa que os arranjos sigam esta mesma lógica. Com uma produção polida, cria-se um interessante equilíbrio entre forma e conteúdo nessa ótima estreia.

Para quem gosta de: Duda Brack, Sessa, Filipe Catto

Melhores faixas: KAÔ, SALTO DE FÉ

“Patrono” traz um resgate de uma proposta que tava um pouco esquecida: o storytelling, a temática, a métrica.

O álbum reforça uma atmosfera simples, que ficou deixada de lado nos últimos anos. É mérito do disco ter algumas das punchlines mais fortes do ano.

São frase que funcionam isoladamente, mas ganham força com o contexto apresentado.

Para quem gosta de: TOKIODK, Pumapjl

Melhores faixas: Não Repara a Sujeira, Erro Favorito