#15: sobre suspiros, arrepios e imagens

uma edição para fãs de Silva, Rita Lee e Ana Frango Elétrico

modo aleatório

a vida é assim mesmo. dias meio heavy metal intercalados por dias meio bossa nova. mas, a música segue tocando e isso que importa.

PAUS - LXSP

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É impossível não ser impactado pela primeira visita a cidade de São Paulo. "LXSP" registra a passagem do grupo de rock lusitano pela maior metrópole da América Latina. 

Para documentar esse impacto, o grupo convida quatro dos nomes mais provocativos da música contemporânea.

Ao lado de Dinho Almeida, Maria Beraldo, Edgar e Guilherme Kastrup, a banda cria um ambiente livre para experimentações. Batidas pulsantes, sintetizadores vibrantes e recortes sonoros coabitam um espaço onde o único limite é o tempo de estadia do grupo.

Para quem gosta de: Boogarins, Crizin da Z.O e Edgar

Melhores faixas: Corpo Sem Margem e Memória Afetiva Descolonizada

Julia Mestre - ARREPIADA

Julia Mestre não precisa de muito para encantar o ouvinte. A voz calada, contida, porém calorosa, soa como um convite a descobrir o que seu disco mais recente nos reserva.

Num esforço contínuo de expansão, a artista explora ritmos regionais, como o forró e o xote, em novas possibilidades ao criar conexões com a sonoridade oitentista que vem  desenvolvendo ao longo de sua discografia.

Em uma definição nada objetiva, "Arrepiada" é um disco aventureiro e corado de sol.

Para quem gosta de: Dora Morelenbaum, Céu e Rita Lee

Melhores faixas: Chuva de Caju, Meu Paraíso e Forró da Solidão

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Arthur Martins - NOS BRAÇOS DO AMANHÃ

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Em sua estreia, Arthur Martins propõe uma nova definição para música cristã. 

O cantor carioca se distancia dos padrões mercadológicos do gospel e se aproxima de expressões regionais para criar uma música verdadeiramente popular.

Ritmos como o afoxé, pagode baiano e afrobeat surgem com naturalidade em composições que têm as escrituras como principal fonte de inspiração.

Para quem gosta de: Baianasystem, Vencedores por Cristo e Rachel Reis

Melhores faixas: O FOGO, GUARDA O TEU CORAÇÃO e IJEXÁ

Maria Reis - Suspiro…

Maria Reis faz de seu segundo e mais recente disco um bordado sonoro, autêntico e de profundo significado.

Retorcendo e remendando estilos, a artista portuguesa une shoegaze, experimentalismo e música tradicional lusitana a seu próprio modo.

Como resultado, uma fina costura que estampa canções marcadas por profundas questões existenciais.

Para quem gosta de: Salto, Paira e Panda Bear

Melhores faixas: T-shirt, Obsessão e Fado do Salineiro

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Bufo Borealis - Natureza

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A atmosfera se torna densa e enevoada logo nos primeiros segundos do novo disco de bufo borealis.

De essência psicodélica, o jazz feito pela banda paulistana explora territórios que, embora pareçam inóspitos, reservam boas surpresas.

Completamente entrosados, os instrumentos percorrem influências do funk e soul dos anos 70 para criar um ambiente ora sóbrio, ora contemplativo.

Para quem gosta de: Miles Davis, Sly and the Family Stone e Khruangbin

Melhores faixas: Ponkan, Papa Lou e Dobok

Mahmundi - Para Dias Ruins

São nos detalhes que os sentimentos bons se revelam. Mahmundi sabe disso e explora essa possibilidade de um jeito único.

Impossível não se identificar com versos como “alegria, de repente / porque vou te ver amanhã”. O pop rock é protagonista de um álbum que se aprofunda em sentimentos universais a partir de cenas igualmente coletivas. 

Nessa premissa reside a potência de "Para Dias Ruins", um disco capaz de fazer o ouvinte

se sentir parte desse universo criado pela cantora carioca.

Para quem gosta de: Tuyo, Lulu Santos e Silva

Melhores faixas: Tempo Pra Amar, As Voltas e Outono

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ROSABEGE - Imagem

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ROSABEGE faz música a partir de regras próprias — tão fluidas que intrigam para depois encantar.

O grupo fluminense desafia percepções o tempo todo com faixas que se descontroem espontaneamente, abordando temas contemporâneos como relacionamentos na era digital, o contexto sociopolítico e o amadurecimento de uma geração.

Tudo se mistura sob uma ótica confiante e vanguardista. Elementos da música eletrônica, do samba, do hip-hop e da música experimental se fundem numa forma densa, porém, cintilante, como mercúrio líquido.

Para quem gosta de: dadá Joãozinho, Ana Frango Elétrico e cajupitanga

Melhores faixas: QUEM SERÁ, PASSO MUITO TEMPO e TRABALHO

Depois do fogo restam só fumaça e brasas
E eu tiro as cinzas do meu peito nu
Daqui a pouco meus dois braços serão asas
E eu me levanto renascido e cru

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Se você se interessa pelo universo dos discos de vinil, provavelmente vai se encantar com essa reportagem da Hearing Things.

O Dan Gentile foi até a pequena cidade de Hamasaka, no Japão, para conhecer a produção artesanal de agulhas de vinil que se tornou queridinha de DJ’s em todo o mundo.

de quem é a capa? 🤔

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até semana que vem!

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