O nome Pedro vem de "rocha" ou "pedra". Significado que veio a calhar para essa pedrada que a Ombu lançou em 016.

Influenciados pelo emo, pelo jazz e pelo slowcore, o trio é capaz de apresentar muita personalidade em apenas 13 minutos.

A todo momento somos surpreendidos por novas sensações provocadas por canções que retratam a complexidade das interações humanas.

Para quem gosta de: Terno Rei, Raça e Lupe de Lupe

Melhores faixas: Calma, Omça e Sem Mais

O disco de estreia de Babidi não dá trégua. Rodeado por alguns dos nomes mais interessantes, o produtor promove uma denúncia contundente ao descaso das instituições diante das recorrentes enchentes que atingem a população.

Apesar da diversidade de vozes, Babidi constrói um discurso extremamente coeso, que percorre temas como sonhos, revolta e superação.

Um trabalho sensível na mesma medida em que é potente, confrontando uma tragédia anunciada a partir de versos afiados e extremamente pessoais.

Para quem gosta de: LEALL, pumapjl e Servo

Melhores faixas: Ponta da Lágrima, Sonhos na Despensa e Depois Que a Água Baixou

Provocar sensações sinestésicas é uma das habilidades que mais invejo e a Bruna Mendez é especialista nisso.

Corpo Possível é um disco que transpira. A medida que a temperatura aumenta (e não demora para ficar calor), as canções escorrem em um misto de paixão, descoberta e muita intensidade.

Com uma produção refinadíssima, o álbum se derrete entre o Pop, o R&B e o Soul numa combinação de cores sedutora.

Para quem gosta de: Tuyo, Karen Francis e Rico Dalasam

Melhores faixas: Avisa, Tropical e Prata

Viver em um Brasil pós-covid é uma experiência definitivamente distópica. Para muitos, não é uma questão de ficção.

Crizin da Z.O é um projeto que transforma essa percepção quase apocalíptica em canções marcadas pelo encontre de guitarras distorcidas e as batidas eletrônicas do funk.

Urgente e realista, Acelero é um retrato incisivo do caos e da modernidade num país tropical.

Para quem gosta de: Saskia, Blacksea Não Maya e Tantão e Os Fita

Melhores faixas: Calmo Apesar de Tudo, Carro de Aplicativo e Colapsado

A mistura de música, teatro e literatura ganha novos sentidos a partir do trabalho de Felixbravo.

O duo curitibano recheia ritmos brasileiros e melodias sofisticadas com textos elegantes, retirados de um caderno repleto de poesia.

Do início ao fim, o disco nos presenteia com versos liricamente luxuosos, que nos encantam e conduzem ao longo de um repertório marcado pelo samba, a bossa e o jazz.

Para quem gosta de: Léo Fressato, A Banda Mais Bonita da Cidade e Castello Branco

Melhores faixas: Tertúlia, Para acordar corações tupiniquins e Marzipan

Imagine o encontro entre Frank Ocean, Prince e Marc Demarco. Um pop jovem, vibrante, intenso, mas com uma fluidez peculiar.

Um certo desprendimento produtivo. Em meio a fragmentos de bedroom pop e baterias minimalistas, texturas surgem e desaparecem em uma sonoridade bastante autêntica que flutua entre o pop, o indie e o rock. O disco é de estreia, mas a postura de Mk.gee é de um veterano da música.

O artista redefine perspectivas, métricas e sonoridades ao longo dos 33 minutos de Two Star & The Dream Police.

Para quem gosta de: Dijon, Clairo e Mac Demarco

Melhores faixas: DNM, Alesis e Candy

Atmosférico, bucólico e surreal. Lau Ro faz de Cabana um registro que cresce a cada nova escuta.

O encanto do primeiro disco do brasileiro, que há anos vive na Europa, está em descobri-lo sem pressa.

Essa experiência é correspondida por cada canção do álbum que, costurando o folk à nostalgia da bossa.

Para quem gosta de: Leonardo Marques, Tim Bernardes e MOMO

Melhores faixas: Ensolarade, Diferente e Metamorfose