Entre bailes e amores, o funk dos anos 90 ganha novos ares no segundo trabalho da cantora mineira.

Debochado, romântico e divertido, o disco homenageia o funk melody noventista sem que, em nenhum momento, o trabalho soe datado.

A segunda metade do álbum reserva gratas surpresas, com experimentações e diálogos interessantes com outros gêneros, como o rap, o drill e o eletrônico.

Para quem gosta de: FBC, Ludmilla e Tasha & Tracie

Melhores faixas: Periculoso, Romance Bagunçado e Baile Provocante

Apesar da capa monocromática, o quarteto gaúcho cria cenas coloridas para abordar as experiências canônicas na chegada à vida adulta.

Com influências do soul, funk, jazz e pop, o disco é simpaticamente, com uma delicada reflexão sobre o vácuo que existe entre os sonhos e a realidade.

Completando 10 anos em 2025, o trabalho da banda continua ganhando novos significados à medida que amadurecemos junto ao álbum.

Para quem gosta de: Maglore, Zimbra e Vanguart

Melhores faixas: Olhos Fechados pro Azar, Eu Vim Passear e Funcionário do Mês

Um chiaroscuro sonoro. A música de Caju se revela entre as frestas de luz, um reflexo direto dos sentimentos que ditam o tom das composições.

A estreia de artista capixaba acontece em meio a um ambiente soturno, introspectivo e, ainda assim, impactante.

Guitarras distorcidas, baterias marcantes e a voz potente da também compositora evocam um sentimento voraz que percorre todo o trabalho.

Para quem gosta de: Nina Maia, Papisa e Troá!

Melhores faixas: Sinestesia, Efêmero e Veneno

A estreia da harpista belgo-caribenha funciona como um novelo.

A cada instante, uma nova porção criativa se desenrola em possibilidades sonoras e artísticas, fluindo entre o jazz e a música ambiente.

São faixas que, sem pressa, nos conduzem em uma viagem entre texturas, movimentos e sensações inteiramente vívidas.

Para quem gosta de: Amaro Freitas, Timothy Duval e Nubya Garcia

Melhores faixas: Space 4, Space 1 e Space 8

O título do sétimo álbum de Y La Bamba condensa em uma única palavra a essência que percorre os 42 minutos do trabalho.

Embalado por um folk psicodélico, o grupo retrata a vulnerabilidade de conflitos internos em torno de temas como identidade, aceitação, família e solidão.

Um registro de densa carga emocional, que se engrandece à medida que se aprofunda em suas .

Para quem gosta de: Devendra Banhart, Helado Negro e Khruangbin

Melhores faixas: Dibujos De Mi Alma, Hues e Mas Manos

Em diálogo aberto com diferentes gêneros, Acrônico representa a versatilidade da nova música brasileira, que transita com naturalidade entre o R&B, o pop, o rap e suas vertentes.

Essa proposta se intensifica a partir da participação de nomes como Liniker, Yago Oproprio, Duquesa e Don L.

Talvez, o disco seja um dos retratos mais precisos de uma cena em ascensão.

Para quem gosta de: Yago Oproprio, Fleezus e Marina Sena

Melhores faixas: Dias Melhores, Só Veio Agora e Esse seu Jeito

Em uma sequência impressionante de bons trabalhos, Fabiano do Nascimento explora novos ambientes ao lado do japonês Shin Sasakubo.

Confirmando a sugestão da capa, o álbum é marcado por um entrosamento cativante entre os dois artistas, que esticam os limites do violão e da guitarra ao longo das 11 faixas.

São arranjos hipnotizantes, de enorme esmero, apontando para referências da música latina e do jazz.

Para quem gosta de: Amaro Freitas, Pedro Ricardo e Shabaka

Melhores faixas: Primeiro Encontro, Catharsis