Se gosta de Terno Rei, com certeza vai amar Monza. Um dream pop marcado por guitarras sinuosas e letras universalmente pessoais.

E imagine minha surpresa ao descobrir que um dos integrantes da banda é fundador da Melted Videos (sim, a dos prensadões).

O fato é surpreendente, mas faz todo sentido. O segundo disco do quarteto paulistano é um simpático registro de uma pós juventude do fim dos anos 2010.

Para quem gosta de: Terno Rei, Bilhão e Walfredo em Busca da Simbiose

Melhores faixas: Zero, Leve e De Longe

Nem sempre temos controle sob as mudanças da vida. Diante do que é posto, alguns relutam. Outros, flutuam.

Em COMO ME GUSTARÍA QUE CONOZCAS EL SUR, Raybet registra suas experiências em meio a um rio de mudanças. 

O artista argentino une o jazz, o bedroom pop e a neo psicodelia em um elegante cenário criado para compartilhar seus pensamentos, sensações e lembranças de uma fase que, certamente, também passará.

Para quem gosta de: Tagua Tagua, Crumb, PLUMA e Tame Impala

Melhores faixas: TEMPORAL, MERCURIO e comodoro

Como inovar e construir identidade em meio a um gênero tão vasto, prolífico (mas, às vezes, inflexível) quanto o Rock ‘n Roll? 

De certa forma, Nouvella responde a essa pergunta na segunda parte de Love Circus.

Sem esquecer suas raízes no rock e no blues, a banda explora e experimenta ao longo de seis faixas que revelam diferentes camadas dessa sonoridade construída pelo quarteto.

Para quem gosta de: Blues Pills, Greta Van Fleet e Silvia Machete

Melhores faixas: Não Vou Mais, I Wonder e Satisfy Slow

Poesia subversiva, arranjos explosivos e presença visceral. Apesar das tentativas, Delta Estácio Blues dificilmente pode ser definido.

O sucessor de Encarnado é tão impactante quanto tudo que Juçara Marçal já nos apresentou.

Ao navegar pela música eletrônica e pela montagem sonora, a cantora constroi uma nova e poderosa dimensão para seu legado sonoro.

Para quem gosta de: TAXIDERMIA, Giovani Cidreira e Edgar

Melhores faixas: Sem Cais, Crash e Delta Estácio Blues

Imagine lidar com um término e o cancelamento de uma turnê europeia por conta de uma pandemia sem precedentes. Esse foi o pano de fundo para a produção de songs.

O quarto disco da cantora nos apresenta algumas das canções mais delicadas, honestas e vulneráveis da carreira. O folk minimalista e a produção analógica  que permeiam o disco contribuem para evidenciar o caráter empático do trabalho.

O álbum ainda conta com um “irmão gêmeo”: o disco instrumentals, que tem apenas duas canções em que Lenker improvisa ao violão.

Para quem gosta de: Florist, Alex G e Phoebe Bridgers

Melhores faixas: anything, come e my angel

Lúdico, inventivo e surpreendente. A cada faixa do disco, somos apresentados a uma nova possibilidade do duo francês.

Em meio a um jazz ora sofisticado, ora irônico, somos arrebatados para uma divertida dinâmica de sensações e perspectivas que percorre todo o trabalho.

Uma experiência deliciosa e, ao mesmo tempo, desnorteante.

Para quem gosta de: Resavoir, Robohands e Ezra Feinberg

Melhores faixas: Jaki, En Bermuda e Funaise

Um bom ponto de partida para acompanhar o trabalho da cantora que lança disco novo neste ano. 

Como uma proposta diferente ao trabalho anterior, Forbidden Fruits adentra novos territórios em um pop mais iluminado, mas não menos profundo. 

Temas complexos como relacionamentos, família e a pressão da juventude surgem em um cenário pautado pelo diálogo entre o pop, o drum & bass e o indie.

Para quem gosta de: Mundo Video, Paira e LOOA

Melhores faixas: Hustle, If U e Window (!!!)